Nos cultos afro-católicos, o Senhor do Bonfim é sincretizado com Oxalá. A imagem do Nosso Senhor do Bonfim foi trazida em razão de uma promessa feita pelo capitão-de-mar-e-guerra da marinha portuguesa, Theodózio Rodrigues de Faria,que, durante forte tempestade prometeu que se sobrevivesse traria para o Brasil a imagem de sua devoção. Assim, em 18 de abril de 1745, réplica da representação do santo existente em Setúbal foi trazida de Setúbal, terra natal do capitão, e abrigada na Igreja da Penha até o término da construção da Igreja do Senhor do Bonfim. A igreja é uma das mais tradicionais igrejas católicas da cidade, dedicada ao Senhor do Bonfim, padroeiro dos baianos e símbolo do sincretismo religioso da Bahia. Esta festa é considerada a mais importante das comemorações de largo de Salvador. Os festejos religiosos (a parte sacra da festa) consiste num novenário que se encerra no segundo domingo após o Dia de Reis. A festa começa com uma procissão da igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia padroeira da Bahia, o cortejo vai até no Largo do Bonfim, bem em frente à igreja , no alto da Colina Sagrada, na última quinta-feira antes do final do novenário e é marcada pela lavagem da escadaria e do adro da igreja por baianas vestidas a caráter, trazendo na cabeça água de cheiro (muito disputada entre os fiéis) para lavar o chão da igreja e flores para enfeitar o altar. O percurso do cortejo é de cerca 14 quilômetros. Uma presença certa nesta caminhada é a de autoridades civis e militares, artistas e personalidades da cidade de Salvador, da Bahia e do Brasil. Acredita-se que o ritual da lavagem teve origem nos tempos em que os escravos eram obrigados a levar água para a lavarem a Igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim da Basílica, desde esta época um agradecimento do povo às graças concedidas pelo Senhor do Bonfim. Com o tempo, adeptos do candomblé passaram a identificar o Senhor do Bonfim com Oxalá. Até a década de 50 as baianas tinham acesso ao interior da Igreja, onde o chão era lavado "com energia e entusiasmo mas, a Arquidiocese de Salvador, então, proibiu a lavagem na parte interna do templo e transferiu o ritual para as escadarias e o adro. Durante a tradicional lavagem as portas da Igreja permanecem fechadas durante a lavagem - as baianas despejam água nos degraus e no adro, ao som de toques e cânticos africanos. Ocorre também uma aproximação entre a festa católica e a dos cultos afro-brasileiros, as "Águas de Oxalá".
Hoje é dia de branco. Pode escolher roupas brancas para este dia iluminado.
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Rendas e bordados entram bem!
Adriana Degreas
Na abertura do festival de verão ontem Ivete e Lazzo Matumbi estavam de branco!
Vamos lavar o chão de casa de nossa alma. Salve Oxalá.
Fotos: Claudia Rosso/Divulgação
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